quarta-feira, 25 de março de 2009

Bife de fígado....só o da minha vó!
Nossa, lembrei muito da Abrahão hoje. No almoço fui direto ao buffet morta de fome, mas sempre com muita parcimônia na hora de colocar comida no prato. Depois de servir 1/3 de muita salada, até porque hoje estavam (ou pareciam) muito lindas, coloquei meu segundo terço de arroz e feijão. Sim, tenho dia da semana para comer arroz e feijão. Quem decidiu isso? Eu. E no último terço fiquei entre várias coisas boas que sempre têm por ali. Quando de repente, me deparo com fatiazinhas incríveis de bife de fígado acebolado, muito tostadas. Não tive a menor dúvida, nem relutei um segundo sequer porque lembrei direto da Vózinha. Ao começar a comer não sei o que se parecia mais com a comida dela; se o feijão ou o tal bife de fígado.
Nem sei dizer, até agora, qual era o melhor. Incrível que acredito eu, muito próximo ao tempo que ela nos deixou, é o que fazia que não colocava um pedaço de fígado na boca. Valeu Abrahão pelo ferro que há tempo não ingeria assim, nessa quantidade e qualidade. Acho que tua mão esteve por aquela cozinha.....de qualquer forma, a saudades bateu. Forte....e faltou depois do almoço maravilhoso, a TV no meio da tarde deitadinha no sofá e no meio do filme ainda aquele mamá quentinho.....tempos bons, muito bons.....

segunda-feira, 23 de março de 2009

Dizem os astros
Tudo parece contrariar sua vontade e objetivo principal. Porém, é justamente por causa deste panorama que sua alma reforça a teimosia e vê nas contrariedades o sinal de que anda pelo caminho certo. Assim são as coisas!

sexta-feira, 20 de março de 2009

No restaurante

Entre papos e papos de um restaurante no horário do almoço, me detenho a uma conversa paralela. Sem perceber muito a conversa da pessoa ao meu lado, percebo que o papo lateral parece mais curioso.

Um falante. Outro ouvinte.O que falava (sem parar) parecia cansado, de saco cheio de alguma coisa; pelo papo, de sua correria. Que cá entre nós, nos dias de hoje, é de todos nós. Mas explanava sobre a possibilidade de ser rico, muito rico. De poder vir a ser até um milionário se quisesse. A fórmula. Trabalho. Muito trabalho de sol a sol, de domingo a domingo. Sem hora. Sem escolha. Sem a menor chance de saber se no Natal, por exemplo, estaria ao lado de sua esposa e de seu filho pequeno. Sem saber se em algum momento poderia tomar a lição dele. De buscá-lo na escola.

O ouvinte, apenas ouvia. Incrível, mas não esboçava uma reação, uma opinião. A que por todo instante o falante lhe dava. Ao dissertar sobre o poderia torná-lo um milionário, parava, pensava, dava uma garfada em seu prato (que a propósito, era para foto de consultório de nutricionista) e ao mastigar, lentamente, chegava as suas próprias conclusões. Que também não cansava de discorrer ao seu amigo ouvinte.

Concluiu: de que me adianta ser milionário, ter todo o dinheiro do mundo, ter de bens materiais todos os que sonho, se ali na frente tenho certeza de que vou me arrepender? Não sei se teremos mais filhos, porque os tempos são difíceis. Mas e se for apenas este e eu não puder vê-lo crescer, não puder acompanhá-lo em suas experiências.Como farei o tempo voltar? Claro que com mais dinheiro poderemos ter mais filhos e frouxo, mas de que adiantaria se nem mesmo para este segundo filho eu teria tempo.

O papo continuou, e acredito eu que por muito tempo. A comida no prato continuava quase intacta. E o ouvinte? Incrível. Continuava comendo sem parar e se tecer um comentário.

Levantei, terminado nosso almoço para irmos embora. Aquilo não me saiu da cabeça. A alegria, primeiro pela percepção de que essa vida é uma só e deve ser vivida aqui, agora. A alegria por ver que as pessoas nos dias de hoje parecem estar mudando. Parecem estar voltando a ter valores de vida. Será? Tomara. Não espero que alguém abdique de sua carreira, de sua possibilidade de se tornar milionário. Jamais. Mas pense bem se essa sua “fome”, essa sua voracidade em torno de sua carreira, da busca desenfreada por coisas materiais, não está lhe levando para um buraco escuro. Sem amigos, sem pessoas, sem diálogo, sem o contraditório. Pense se a sua vida não está apenas passando e quem sabe aí você lembre.....se ela passar tão rápido a ponto de não vê-la passar, terei tempo de gastar todo aquele dinheiro pelo qual sempre lutei? Não deixe sua vida passar. Também não acho que devas deixar tua carreira de lado, tuas ambições no fundo do baú.

E é exatamente aí que quero mais uma vez chegar....todo o EXAGERO, faz mal. Começam a entender quando falo no tal exagero que seja para o bem ou para o mal, para o bom ou para o ruim, como faz mal?

quinta-feira, 19 de março de 2009

Quando uma qualidade vira um elogio
É engraçado como a gente desacostuma com as coisas. Como deixa de enxergá-las na verdade, por vivermos em um mundo míope. Explico: ainda na faculdade, na cadeira de marketing, ouvi sobre a miopia coletiva. O que pouco entendi na época, entendo hoje como sendo exatamente o que vivemos daquela época até hoje em escala cada vez maior. A grande maioria das pessoas hoje, enxerga apenas o que está na altura do seu nariz. E quando ouvimos algo que nos qualifique ou nos sentimos elogiados, pensamos ser mentira ou enxergamos aquilo apenas como uma qualidade.

O importante é nos darmos conta de que todos temos qualidades; defeitos também ok. Agora ter a qualidade da determinação e se sentir elogiado por isso, é realmente fantástico. Porque ser determinado nem sempre é uma opção, acredito ser intrínseco ao ser humano. É bonito ser determinado. Mas é difícil. Se paro para pensar nas pessoas que se dizem ser, encontro milhões. Agora se pensar nas que realmente conheço que o são, podem estar certos, não encontro muitas não. Porque determinação não se pretende, se exerce. Se faz e ponto. Ser determinado requer domínio de si mesmo, das suas metas, da sua própria vida. Ser determinado custa muito às vezes. Porque requer comprometimento. Segurança. Acreditem, não é para muitos.

Também não vou dizer que seja difícil, que não se possa mudar. Mas é preciso se ter em mente que requer abrir mão, lutar, saber perder, saber dizer não ou, em alguns casos, um sim. Ser determinado custa, mas quando se é, se sabe a validade de se ser assim. Pensem nisso! Porque pode você não saber mas lá no fundo você pode ser uma pessoa muito determinada, com foco e se te disserem isso podes acreditar, foi um elogio.

quarta-feira, 18 de março de 2009

O blog mudou. Porque eu mudei. Porque na vida temos sempre que nos permitir mudanças. E ao crescermos, mudamos. Pelo menos assim deveria ser. Se na vida não nos permitirmos enxergar o que ela insiste em nos mostrar, quem sabe deixaremos de vivê-la em sua plenitude. Pensem nisso. E espero que curtam essa nova fase.

O formato do “Divã” não vai mais existir, porque com ele vieram curiosidades, dúvidas, cobranças. E como a minha intenção não é mostrar fontes, mas partilhar com vocês as experiências que ouço, vivo e vejo por aí, seguem as experiências vividas por muitos e muitas, através de contos. Sem imprimir nelas a minha opinião pessoal. Mesmo que ela seja através de um analista, como vinha sendo no Divã, acabou mostrando o lado de quem escreve, o meu modo de pensar. E isso gerou dúvidas e curiosidades. Não quero que ninguém se sinta invadido ao ler alguma coisa que lembre de si mesmo. Quero que aproveite o momento para refletir e até mesmo crescer. Essa é a grande e maior intenção aqui, que fique claro.

Curtam. Eu tô curtindo. E espero nesse novo modelo, muitos comentários. Afinal, tudo que dividimos, que compartilhamos na vida, acaba nos dando a sensação de melhoria, de coisa boa, uma sensação legal de poder. Pensem nisso e mesmo anonimamente, comentem.

Obrigada pelo carinho de quem jamais deixou de me ler. Aqui, nesta nova fase, espero trazer, cada vez mais, uma luz, uma reflexão, um sorriso, quem sabe até, uma lágrima.

Bons contos, uma ótima leitura (assim eu espero) e até breve!